Tem dias que eu acordo no meio de lugar nenhum.
O vento balança a estrutura do trailer, o céu parece maior do que meus pensamentos e a sensação é de que eu sou apenas uma pontinha de poeira nesse mundão que não para de girar.

Às vezes me pergunto como cheguei até aqui. E a resposta é sempre a mesma: eu precisei ter coragem de recomeçar.
Mas o que poucos dizem é que coragem não é ausência de medo. Coragem é colocar o pé na estrada mesmo tremendo.
É escolher se reinventar, sabendo que vai doer, que vai dar trabalho, que nem sempre vai ser bonito.

Eu já fiz terapia por anos. Já sentei em tantas cadeiras tentando me curar das minhas dores, das minhas perdas, dos meus vazios.
Mas por muito tempo, parecia que nada mudava de verdade.
Era como tentar enxugar gelo: o sintoma mudava, mas a raiz continuava lá, escondida, me puxando pra trás.

Foi quando eu resolvi buscar mais. Estudar mais. Mergulhar no que ninguém me ensinou.
Entendi que curar não é só falar dos problemas.
Curar é resgatar quem você é antes da dor, antes dos traumas, antes de todas as vezes que você precisou se esconder pra sobreviver.

E hoje, vivendo na estrada, eu vejo isso com ainda mais clareza.
Cada curva é uma metáfora.
Cada perrengue é um espelho.
Cada amanhecer é um convite silencioso: “Vai, mesmo sem garantias.”

Eu criei o Cure-se pra te passar esse caminho.
Pra te mostrar que a estrada da cura não é feita de linhas retas, nem de soluções mágicas.
É feita de pequenas escolhas diárias: escolher se ouvir. Escolher se acolher. Escolher se perdoar. Escolher seguir.

E se hoje eu pudesse te deixar uma única reflexão, seria essa:
Qual é a vida que você quer viver quando ninguém estiver olhando?

Talvez a resposta esteja esperando por você onde você menos imagina.
No silêncio.
No vento.
No seu próprio coração.

✨🚐

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