Fiquei alguns dias sem postar nada. Quatro, para ser exata. E percebi, mais uma vez, que quando surge um problema na minha vida, tudo para. Eu simplesmente não consigo fazer outra coisa até que aquilo esteja resolvido. É como se minha energia inteira fosse sugada para lidar com o que dói.
A parte “boa” é que não deixo problemas se acumularem — mas, em compensação, a vida fica em pausa. E isso me faz pensar ainda mais sobre algo que já me incomoda há tempos: a relação com o ser humano.
Sinto que esse incômodo interno cresceu nos últimos dias. Tentei encontrar algo no começo dessa nova fase para complementar minha renda, mas não tem sido fácil. Pior ainda quando cruzamos com pessoas que atropelam a gente, sem empatia, sem querer entender o que se passa do outro lado. É como se o mundo tivesse sido completamente engolido pelo dinheiro. O resto virou detalhe.
E é aí que começo a questionar até o que não se questiona. Questionar Deus, por exemplo. Mesmo sabendo que Ele, muitas vezes, permanece em silêncio. E sei que o que o outro exala nem sempre reflete seu interior verdadeiro — mas ainda assim, machuca, ofende, humilha.
Apesar disso tudo, sigo aqui. Distante, sim, do ser humano… mas ainda aberta para ajudar esse mesmo ser humano. Parece loucura, né? Talvez seja. Talvez só alguém cansada de tantas porradas da vida (que não deixam de serem dadas por outros seres humanos).